Tempos de Identidade
v o l u m e
#01
a u t o r e s
Ana Luar Vaz, Carlos Gomes, Cristina Mestre, Fernanda Magalhães, Ilda Silva, Joaquim Albano Duarte, José Fadista, José Godinho, Joze Cavaco, Manuel Cardoso, Mário Montenegro, Pedro Barata, Pedro Dias, Pedro Pinho, Rui Parreira, Sara Montebello
e d i t o r
José Godinho
d e s i g n
marcvaz.com
e d i ç ã o
Junho 2020
i m p r e s s ã o
Europa
i s b n
978 989 54710 5 8
Prefácio
Encontrar uma arte pela qual o coração pulse, e poder aprimorar-se nela, é uma verdadeira dádiva! A fotografia é uma das formas de expressão mais utilizadas da atualidade e foi por isso que este livro foi pensado, desejado e realizado .
Na fotografia, estão contidas diversas figuras de linguagem que, mesmo sem nenhuma palavra escrita, ditam histórias e complexas mensagens para os seus observadores na busca descontrolada de uma identidade que se perde ou se ganha no tempo.
TEMPOS DE IDENTIDADE é um livro de fotografia de retrato de vários autores cada um com o seu olhar, contam histórias diferentes que se ligam a outras histórias contadas nos rostos de cada pessoa fotografada.
A ideia de um livro de retratos surge porque um indivíduo é de um determinado sexo, poderá ter uma determinada religião, terá alguma pertença natal, quer essa tenha a forma de pátria quer não, e será lícito considerar ainda a pertença a outras categorias: profissionais, familiares, de determinada comunidade de interesses em que se encontre inserido… Com tal panóplia de pertenças, a identidade do indivíduo acabará por ser multi-composta porque em cada um de nós coexistem diferentes traços que, unidos, vão dar lugar a um ser humano único que as câmeras registam com toda a essência e genuinidade.
Neste livro deseja-se que o rosto simbolize a vida pela dimensão da temporalidade que o perpassa. A estabilidade da forma conferida pelos traços mais definidos é constantemente alterada pela mobilidade psíquica; a agitação expressiva da face, as mínimas modificações fisionómicas deixam por sua vez marcas persistentes que os autores quiseram deixar a nu: o todo é em cada instante os seus elementos e em cada instante modificado por eles. O tempo que flui fixa-se como permanência em cada traço do rosto criando uma identidade que se estende no tempo. O rosto oferece ainda o entendimento do próprio olhar artístico: implantado pelo corpo num lugar fixo de observação (repouso), os artistas neste livro movem o olhar para o mundo e seus indivíduos fazendo-o divergir e irradiar em TEMPOS DE IDENTIDADE.