Tempos de Identidade

v o l u m e
#04

a u t o r e s
Ana Ramos, António Chora, Armando Isaac, Gil Quintino, João Fernandes, Joaquim Santos, Luciano Guedes, Luís Trindade, Manuela Seabra, Miguel Antunes, Nuno Realinho, Patrícia Vilela Antunes, Pedro Reis, Ricardo Barrelas, Sérgio Morais

e d i t o r
José Godinho

d e s i g n
marcvaz.com

e d i ç ã o
Março 2021

i m p r e s s ã o
Europa

i s b n
978 989 54994 8 9

Prefácio

Vivemos num mundo cada vez mais “confuso”, “acelerado”,” agitado”, globalizado e em permanente mutação, no qual os Seres Humanos se veem sistematicamente confrontados com a palavra “tempo”.
Cada vez têm menos “tempo para dar ao tempo”, tornando-se assim reféns desse paradigma e caminhando a um ritmo acelerado para a descaracterização da sua própria identidade.
Felizmente a fotografia, essa arte que é “pintar com a luz”, tem a virtude de conseguir “parar” o tempo, “congelar” momentos e tornar esses “instantes” eternos e imutáveis.
O tempo passa como que se de um “Flash” se tratasse, deixando marcas psicológicas e principalmente físicas nos corpos e nos rostos para todo o sempre, por isso, a fotografia de retrato assume um papel intemporal, garantindo a “imortalidade” de quem é retratado.
Todos os “obreiros” envolvidos nesta obra fotográfica de excelência, são dotados de uma identidade própria, seja ela Pessoal, Social ou Cultural.
A nível pessoal, os fotógrafos e os fotografados que deram vida a este livro, possuem características e atributos específicos e inigualáveis, como é bem demonstrativo em cada página que folheamos e admiramos.
Mas também a nível Social e Cultural está presente a marca identitária. Socialmente, a sua pertença a um determinado grupo, neste caso o da Fotografia, é um facto inquestionável a que se alia a questão cultural, onde todos comungam e partilham a sua paixão por esta arte.
A simbiose entre os três conceitos de Identidade é uma constante no livro Tempos de Identidade IV, pois, reúne a expressividade, as características físicas, e o talento de cada pessoa fotografada, aliadas ao “olhar” sábio, único e apaixonante de cada fotógrafo.
Termino, citando duas pessoas muito especiais para mim, às quais pedi para escreverem algo sobre este livro.
“Cada fotografia tem a sua própria identidade. As cores, os olhares, as diversas expressões e, cada rosto captado pelas objetivas, são contadoras de grandes histórias de vida. É um mundo mágico, que perdura no tempo, sendo muitas vezes o único elo afetivo, onde as memórias ganham vida e se eternizam e, onde é possível a descoberta de quem realmente somos”. Marisa Santos (Psicóloga)
“Identidade, é o que nos distingue uns dos outros. A nossa identidade é construída pelos valores morais e éticos, pelas nossas crenças…Mas também é influenciada pelo meio em que vivemos, da cultura familiar e social em que estamos inseridos, e consequentemente das nossas vivências pessoais e sociais. Cada um de nós, tem a sua Identidade, pois é ela que nos torna únicos”. Ana Santos (Socióloga)

by Joaquim Santos
Fotógrafo / Autor
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