A Arte de Fotografar a Preto & Branco
v o l u m e
#10
a u t o r e s
Ana Sousa, António Alfredo, António Bracons, António Jara, António Vale, Carlos Marques, Cátia Filipe, Eunice Lopes, Fernando Barnabé, Fernando Curado Matos, Filipa Scarpa, Filipe Salgado, Gabriela Boleta, Gabriela Gonçalves, Helder Vinagre. João Fernandes, João Ramos, João Sezinando, Joaquim Capitão, Jorge Simão Meira, José Brito, José Godinho, José Valverde, José Vaz, Luís Maria Sá-Fernandes, Luís Pereira, Luís Póvoas, Miguel Machado, Monteiro Gil, Paulo Pinto, Raúl Silva Pereira, Renato Cruz
e d i t o r
José Godinho
d e s i g n
marcvaz.com
e d i ç ã o
Setembro 2022
i m p r e s s ã o
Europa
i s b n
978 989 53554 9 5
Prefácio #01
Na Imagem havia algo em cima de qualquer coisa, como o Silêncio suspenso no Ar. Os olhos comiam dessa Realidade Paralela, sem que a Magia se perdesse – Seria ou não tudo aquilo Verdade? – murmurava eu. E quanto mais observava, mais véus se desvelavam, até surgir da Pureza Nua e Estilizada, a mais bela Forma banhada pela Luz. E os olhos marejados de lágrimas foram levados por essa outra Dimensão. E lentamente, do Horizonte Interior, surgiram duas novas Luas-cheias, os olhos da Alma. Então, tudo voltou a ser Sonho e Poesia por Imagens, um instante em que o Paraíso tocou a Terra.
Foi a mesma Sorte de ter encontrado um Trevo de Quatro Folhas ou ter visto uma Aurora Boreal, a preto e branco, dentro do peito. Sorria, a transbordar de Felicidade. Acasos, Fragmentos de Perceção, Música Visual, tudo se alinhava agora na fusão entre Beleza, Harmonia e Equilíbrio, tão apregoada pelos Gregos, quando ainda seguiam conselhos dos Deuses do Olimpo.
– Valeu a pena ter existido para sentir este Milagre! – disse, fechando os olhos. E deixei-me guiar, banhado na Arte daquela Imagem, num Instante mais nítido, repleto e verdadeiro do que a própria Realidade.
Prefácio #02
Nesta década da fotografia digital e do telemóvel em que tecnologia tem evoluído de uma forma fascinante, no entanto, o fotógrafo é incapaz de preservar e guardar os ficheiros digitais. Podemos guardar os ficheiros nos discos rígidos, nas nuvens de arquivo digital ou em plataformas partilhadas, mas ninguém é capaz de ter certezas no futuro da segurança destes meios e desta tecnologia. Podemos perder de uma forma dramática as nossas memórias e o trabalho de uma vida.
As impressões em papel das fotografias e os de livros são para já, a forma mais fácil e acessível de preservarmos algumas dessas imagens.
Os livros são para os fotógrafos uma ferramenta e um modo importante de eternizar as suas imagens, divulga-las e preservá-las para o futuro.
Os sites, as redes sociais e as exposições têm muita visibilidade, mas serão sempre locais e momentos efémeros onde a memória se perde com o passar do tempo.
Os livros são para os fotógrafos um meio importante de eternizar as suas imagens, divulga-las e preservá-las para o futuro.
Sempre fui fã e um grande entusiaste de livros de fotografia, tenho orgulho de ter uma das maiores coleções particulares ou até mesmo institucionais de livros de autores portugueses.
Nesta paixão pelos livros também editei ao longos dos anos da minha carreira de fotógrafo alguns livros de fotografia tanto individuais como coletivos.
Alguns desses livros coletivos têm a chancela da editora God Publishing pela mão do José Godinho.
Os livros e as coleções da God Publishing, têm o grande mérito de divulgar o trabalho artístico de muitos fotógrafos portugueses e a fotografia portuguesa.
Desde 2019, ano da sua criação a God Publishing tem vindo de uma forma regular a publicar livros coletivos e individuais sempre com uma grande qualidade estética e técnica onde a excelência da impressão é algo levado muito a sério, fundamental para os livros de fotografia.
Sem estes livros alguns fotógrafos nunca teriam saído do anonimato nem divulgariam o seu trabalho nem o de outros autores.
Conheci o José Godinho em 2020 no Museu de Artes de Sintra, (MUSA), nesse mesmo ano participei pela primeira vez num dos muito livros desta série que agora vai ser publicada para assinalar a 10ª Edição.
“A Arte de Fotografar a P&B” e “O Nosso olhar no Mundo”.
Estes dois novos livros publicados em simultâneo têm a particularidade de uma edição especial, com uma tiragem limitada de 150 exemplares, numerados e com uma capa em relevo. Têm com a participação especial de 60 fotógrafos 30 em cada um dos livros.
Estes dois novos livros agora na sua 10ª edição são mais um excelente contributo e a oportunidade de conhecer o trabalho a P&B e a cores de mais alguns fotógrafos, partilhar e divulgar o seu trabalho.
Obrigado José Godinho por todo este excelente trabalho em prol da fotografia.
Prefácio #03
Quando José Godinho decidiu criar a Editora GOD publIshing, em janeiro de 2019, fê-lo com a fé inabalável de que o desafio a que se propunha, iria, com persistência e destemor, apanágio dos que acreditam, chegar a bom porto.
Com as competências pessoais e sociais que lhe são reconhecidas aliadas ao seu gosto pela arte em geral e pela fotografia em particular, foi capaz de chamar até si, inúmeros fotógrafos de reconhecida qualidade e dar a conhecer ao mundo a diversidade de olhares e de temáticas através da qualidade inquestionável das suas edições.
Desfolhar um livro com a qualidade artística e técnica que a GOD Publishing proporciona é uma experiência mágica e arrebatadora, um mergulho nas águas neptunianas onde exploramos o sonho e o fantástico!
Agora, depois de 59 livros publicados, maioritariamente sobre a arte de fotografar, mais cinco estão na forja. A God Publishing já deixou a sua indelével marca de qualidade e de prestígio; um caminho feito com passos firmes e sólidos e com a fé…a fé que a coloca na senda das editoras de referência.
Prefácio #04
Assim como os poetas, que através dos seus versos expressam os seus sentimentos, a fotografia, por meio das imagens, tem também o poder de transportar ou conduzir sensações, ou emoções que o fotógrafo vivenciou no momento da captação da imagem. Basicamente, a fotografia não é mais do que aquilo que não pode ser transmitido por palavras. A fotografia tem esse poder, o de comunicar. Ao olhar para uma fotografia, é como que se estivéssemos a viver aquilo que não presenciamos. Cada fotógrafo exerce um olhar único, estabelecendo uma ligação com quem visualizará essa imagem. A ausência de cor numa fotografia leva-me a um sentimento diferente. É como que se existisse um equilibro entre o branco e o preto. A fotografia a preto e branco torna-se mais expressiva. Na minha opinião, transmite uma certa nostalgia ou melancolia, sentimentos esses que pretendo regularmente transmitir através das minhas fotografias. Através dos seus contrastes, ela é mais forte e expressiva, sendo essencialmente, a meu ver, mais encantadora e envolvente. É com muito orgulho que faço parte desta edição limitada. Uma obra que vale pela sua qualidade, e excecional talento de todos os fotógrafos que participam neste livro.