O Nosso Olhar no Mundo
v o l u m e
#03
a u t o r e s
Agostinho Fernandes, André Carvalho, António Jara, Gabriela Gonçalves, Jaime Silva, Jorge Rosa, José Rosado, José Valverde, Mário Montenegro, Nuno Escudeiro, Paulo Martins, Paulo Nabais, Pedro Bernardes, Rouxinol De Pomares (António Silva), Sara Montebello
e d i t o r
José Godinho
d e s i g n
marcvaz.com
e d i ç ã o
Maio 2020
i m p r e s s ã o
Europa
i s b n
978 989 54710 4 1
Prefácio
Eis o regresso, depois do sucesso do 1º e 2º livros: Quinze fotógrafos que convidei a fazerem parte deste 3º volume intitulado “O Nosso Olhar No Mundo.
É sabido que a fotografia é hoje a forma de expressão artística mais acessível e democrática ao alcance do ser humano. De entre o universo de fotógrafos assiste-se a uma diversidade de categorias, propósitos, estilos e temas como em mais nenhum meio artístico se verifica. Porém existe uma premissa que é indiscutível e incontornável: fotografar e partilhar faz bem!
Quem fotografa fá-lo por alguma razão e, por isso, nunca deverá ser censurado. Fá-lo sem pensar em ninguém, em nenhum destinatário, pelo que nem sequer pensa em que o seu trabalho possa ser observado. Fotografa porque quer fotografar, ou porque, simplesmente, retira maior ou menor prazer desse ato. A ausência de terceiros na mente do fotógrafo faz com que não haja ninguém a quem ele deva qualquer explicação. As suas imagens só a ele dizem respeito.
O mesmo já não se passa com quem publica o que fotografa. Ao publicar, independentemente das razões que o poderão ter levado a fotografar, o fotógrafo torna-se autor. Aqui ele assume que quer que vejam o que captou, aceita que o seu trabalho seja escrutinado por terceiros, sem que possa ter controlo sobre quem o vai fazer. Há, na mente de quem se publica, a noção de que se está a dirigir a terceiros. E sempre que alguém se dirige a terceiros, convém ter em mente que o que produziu deixou, de certa maneira, de lhe pertencer, porque a partir desse momento passou também a habitar o mundo e o imaginário de outros.
É essa uma das belezas intrínsecas de um livro e, quando ele é povoado de imagens que causaram o espanto do autor, maior a sua beleza se pode tornar. É sem dúvida, o caso desta obra de 15 autores onde o único e hipotético senão pode prender-se com o facto de não haver páginas suficientes para cada um oferecer mais dos “seus olhares no mundo” porque a verdade e a honestidade dos seus trabalhos, estão aqui na íntegra e são entregues de peito aberto a quem quiser fazer o favor de as ver e torná-las também suas.