Quando aceitei o desafio do nosso Amigo José Godinho para escrever o prefácio desta obra, e digo obra, – não livro-, porque a “narrativa”, a interpretação, cabe a cada leitor… poderão responder à interrogação da minha motivação. …a certeza da existência de um universo de trabalho vasto e merecedor de uma atenção mais prolongada.
Um autor é um veículo privilegiado de auscultação, de provocação, de motivações, consequências previsíveis, imprevisíveis, mas imediatas. Em primeiro lugar, as motivações individuais. Sem pretender abrir espaço a antecipações, os 15 autores que integram o projeto, diferem que entre si na interpretação, no estilo, na estrutura, na extensão. Cada um, na sua individualidade viu-se confrontado com o real – “O Nosso Olhar no Mundo”, conceito volátil que se transporta nas objetivas, fruto de espaços e de tempos. Essa é a motivação.
A vontade de comunicar emoção, sensações e sentimentos numa criação, num registo que vive na eternidade. Num espanto que dura e se renova, inesgotavelmente. O Fascínio.
Que revela personalidades.
Segue a palavra Gratidão, porque desta forma também fico a fazer parte, a integrar, esta existência física.
O registo, o toque, o cheiro, o papel … permitem que o leitor aprecie a obra, (como os seus usos e costumes encenam), absorvendo-se da contaminação, – hoje, sempre presente, das tecnologias do mundo digital, que por essência, são efémeras. E por outro lado, que o Autor a dedique, a autografe.
A sua Memória.